domingo, 23 de fevereiro de 2025

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Desci da Casa do Alto decidido a subir novamente à casa da Falésia. Rebobinei  o filme e fui a correr praia fora a recuperar o meu amuleto canino. A Isquinha. Voltei a ver um vulto fugidio, dois cães de porte e a tal amostra que era o meu porta-chaves de estimação. Assobiei um longo uivo e o tempo parou.

Uma gaivota, no alto dum rochedo tomava notas num canhenho mental. Subi à rocha a chamar a cadelita. - Ei! Isquinha!! Fiu!! Fiu!! Sé Muá!! - a gaivota, crá, crá, a rir-se. Que falta de respeito. Berrei durante cinco minutos em cima da rocha. Até que tudo voltou ao normal.

O vulto, de mãos abertas, descia praia sul, a esvoaçar em danças, os cães de porte a seu lado e a Isca veio ter comigo. A correr para mim e a olhar para trás. A olhar para trás e a correr para mim. Tinha feito mais amigos, a malandra. Saltou para o meu colo e lambeu-me as fuças. Lagrimei. Depois, já no chão, começou aos pinchos, a saltar por mim acima, a ganir, a ladrar, e a fazer barocas na areia. Barocas? Eu quando era puto fazia barocas na areia. Não sei se está bem escrito, barocas. A gaivota no alto da rocha, crá, crá, continuava a rir. Levantou voo e quase me acertava com uma caguêta!! Caguêta?? Eu quando era puto, na praia, fazia uma baroca e...

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