terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

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Acordei espantado com um barulho luminoso no céu. Os deuses dançavam de trincha em alguidares de azul projetado e luz de palco a esticar as vistinhas. Que estrondo! Fiquei ali, era ainda a rocha firme que tomara conta dos meus sonhos, a segurar-me o meu delicado esqueleto.

Nunca um nascer do dia tinha pintado assim. Duvido  que o o Senhor Turner tivésse a culpa  de algo parecido. Finalmente despertei.  A realidade agora a cores, do Senhor Zink. Sacudi a caspa das ilusões, meti as mãos nos bolsos e senti de imediato que me faltava algo! A Cadela!!! Onde raio está a cadela?  A cadela???? Onde estás Isquinha??? Levantei-me num ápice (!!) Hum, eu,  depois de acordar a levantar-me num ápice? Vamos passar esta parte à frente. Espreguicei-me, bocejei, mandei… esqueçam.

Levantei-me calmamente e filei o horizonte. De Norte a Sul e de vice a versa. Subi acima do rochedo, mãos em periscópio e, quem desce a Sul, reparei em dois cães de porte, uma Isca de cão e um vulto feminino de asas abertas a correr para levantar voo. Coisa estranha. Será que ainda estava a sonhar? Será que a Old Parr teria cogumelos esmagados nos sulfitos? Passou depois de bicicleta o senhor dos gelados Olá. - Olhó bom gelado!! Cura gripes, herpes labial e mau olhado! Comprei-lhe a bicicleta, a farda e a boina e fui a descer a maré atrás da minha amostra canina!! - Isquinha, ò Isquinha!!! Um polícia mandou-me parar! - Alto!!! Quero comprar um gelado!! E duas iscas embrulhadas!!! E uma cerveja de litro e um pom quente! Portanto, pesadelo dos fortes e de volta à Corujeira.

Pode ser que amanhã isto melhore um bocado…

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